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A MINHA HISTÓRIA COM A PSICANÁLISE

Foto do escritor: Alex Seiti HamadaAlex Seiti Hamada

Atualizado: 8 de mai. de 2024



Neste post, você vai perceber como é minha linguagem natural, o que talvez você não encontre nos outros, pois lá eu direciono para um público específico, que talvez seja você.


Já fui aquela pessoa que disse que não precisava de psicoterapia, psiquiatria ou psicanálise, passei sim por momentos de sofrimento mental, porém após alguns anos de autoanálise e autoconhecimento, achava desnecessário.

Antes que me julgue, não lembro de ter falado "isso é para louco" pois sempre soube da necessidade destas profissões e que tratavam de dores que eu mesmo desconhecia.


Eu via que eu era uma pessoa que até que se comunicava com as pessoas, que se dava bem com todos, não entrava em confusões e conseguia resolver meus problemas do dia-a-dia. Entretanto, não sabia que minha autoestima estava tão baixa que dificultava minha autoconfiança, impedindo que eu começasse a realizar minhas ambições, entenda ambições como metas e desejos. E isto era a ponta do iceberg, em um momento fui convidado a iniciar o curso de Psicanálise por um grande amigo meu. Mesmo cursando, eu dizia para ele, não sei o que vou dizer na minha sessão, não estou sofrendo com nada no momento, MENTIRA!


A formação em Psicanálise possui um tripé que a sustenta, composta pela teoria, pela prática (atendendo pacientes) e a passagem pelo processo (sendo o paciente). Estava ansioso pela prática e não tinha grandes expectativas por me tornar paciente, que arrogância, né?


Logo na primeira sessão, percebi que tinha muita coisa para falar. Na verdade parece que não tem fim, e hoje percebo e tenho gratidão por ter conhecido a Psicanálise, já passei por mais de 100 sessões, e sei que está longe de terminar.


Não é que tenho grandes sofrimentos mentais, fobias (algumas deixaram de ser), depressão ou crises de ansiedade, burnout, e outras coisas que poderiam me levar até a próxima sessão. Porém, a cada sessão encontro respostas que fazem sentido, pois saem diretamente de mim e não de um teste comportamental, ou de diquinhas da internet, mas sim conclusões próprias das raízes de meus comportamentos.


Bem, de lá para cá me tornei uma pessoa com maior capacidade de entender a minha realidade, de entender que as outras pessoas passam por problemas semelhantes e muitas vezes piores que os meus, e me permite ter compaixão por elas e dar tempo para que elas também entendam e criem suas perspectivas e achem as curas para suas dores.


A conclusão que eu deixo é que se entender, entender o passado sem se fixar nele, mas respeitá-lo e perdoar-se pelos erros e também perdoar aqueles que erraram conosco permite ressignificar o que acontece conosco no dia-a-dia, tirando pedra por pedra de nossas costas.


Fica aqui meu agradecimento àqueles que leram até aqui. O maior aprendizado foi ser paciente e não milhares de horas de atendimento.


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